Saiba como uma vacina COVID-19 pode funcionar efetivamente se aprovada

Resultados provisórios do ensaio da vacina para o COVID-19 da Pfizer e da BioNTEch acabam de serem divulgados

O mundo inteiro ficou entusiasmado ao tomar conhecimento dos resultados promissores da vacina, embora não seja a única vacina nos estágios finais de teste.

Vale a pena observar que os dados ajudam os médicos a estabelecer a segurança das vacinas, desta forma vamos à medida nos aproximando do tão esperado momento de termos uma vacina eficaz para nos protegermos desse vírus letal. 

Quão eficaz é a vacina?

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Foto: (Reprodução/ Internet)

Saber se uma vacina é eficaz não é uma tarefa fácil, muitos estudos são necessários para essa conclusão. 

Primeiro, os pesquisadores precisam saber se apenas o ato de injetar alguém pode ajudar. Os testes envolvem um grande número de pessoas, com metade delas recebendo vacina e a outra metade, um placebo.

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Após o processo anterior, os participantes são expostos à infecção na espera de que a maioria das pessoas do grupo adoeça, mas a vacinação protege pelo menos alguns no grupo tratado.

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Em alguns casos, como no caso do HIV ou Ebola, até mesmo um placebo pode ser eticamente controverso, pois há uma alta taxa de mortalidade.

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Já o Coronavírus, os pesquisadores precisam confiar na infecção natural, pois não houve caso de anteriormente infectar o paciente em processos de vacina para COVID.

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A eficácia da vacina reflete uma proporção do número de pessoas que ficaram doentes no grupo vacinado e no grupo não vacinado. 

O ensaio Pfizer / BioNTech envolveu cerca de 44.000 participantes, com 21.999 vacinados.

Se vacinar é um ato seguro? 

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Antes da vacina ser amplamente aplicada, a comunidade médica e o público precisam ser tranquilizados sobre sua segurança.

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A vacina Pfizer foi administrada a 21.999 pessoas. Algumas pessoas relataram uma reação semelhante à após a vacinação contra a gripe sazonal, mas até agora nenhum efeito colateral grave foi relatado

Todavia, como podemos ter certeza que tomar uma vacina é eficaz? 

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Os estatísticos criaram a “regra de três”. A regra nos diz que se 21.999 participantes foram tratados sem efeitos colaterais, então com 95% de confiança, a probabilidade de um efeito colateral da vacina deve ser menor que três (daí o nome) dividido por 21.999 e, portanto, menos de um em 10.000.

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A segurança é tão importante quanto a eficácia. Se você pegar uma probabilidade de um em 10.000 e extrapolar para os 300 milhões de habitantes programados para vacinação apenas nos Estados Unidos, o número de pessoas com efeitos colaterais pode chegar a 30.000.

Estamos no caminho certo? 

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Os resultados do teste da vacina Pfizer são altamente promissores. Mas o caminho para erradicar o coronavírus provavelmente será longo e difícil.

Além de estabelecer o potencial da vacina para proteger contra o vírus, também precisamos saber se ela confere uma imunidade duradoura ou se seria necessária a aplicação repetida, por exemplo, como no caso das vacinas contra o tétano ou a gripe sazonal.

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Embora seja difícil não considerar todas questões, é necessário, pois só assim saberemos se a vacina é realmente eficaz. 

Traduzido e adaptado por equipe Saibamais

Fonte:  ScienceAlert