Os cientistas descobriram uma nova maneira de regenerar células do nervo óptico danificadas retiradas de camundongos e cultivadas em um prato.
Este desenvolvimento emocionante pode levar a potenciais tratamentos para doenças oculares no futuro.
Danos às células nervosas crescidas causam consequências irreversíveis e que alteram a vida, porque uma vez que as fibras nervosas amadurecem, elas perdem sua capacidade de regenerar após uma lesão ou doença.
Os novos experimentos mostram como a ativação de parte da maquinaria regenerativa de uma célula nervosa, uma proteína conhecida como protrudina, pode estimular os nervos do olho a crescerem novamente após a lesão.
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Com mais pesquisas, a conquista é um passo em direção a futuros tratamentos para glaucoma, um grupo de doenças oculares que causam perda de visão ao danificar o nervo óptico (que liga o olho ao cérebro).
Já vimos tentativas semelhantes de restaurar a visão em camundongos e alguns resultados promissores antes.
Em 2016, os cientistas conseguiram regenerar uma pequena fração das células ganglionares da retina em camundongos adultos ativando um botão de crescimento dormente e mostraram essas novas células nervosas na parte de trás do olho reconectadas à parte direita do cérebro também.
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E antes disso, um estudo de 2012 também restaurou parcialmente a visão ‘simples’ em ratos adultos após regenerar os nervos ao longo de todo o comprimento da via óptica.
Esta última pesquisa ainda está em seus estágios iniciais e se concentrou em compreender precisamente como a protrudina, uma molécula de estrutura presente nos neurônios em formação, funciona para apoiar o crescimento celular.
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É sempre bom ter algumas opções porque não há garantia de que resultados promissores em estudos com ratos se traduzam em tratamentos seguros e eficazes para as pessoas.
Em um experimento final, os cientistas usaram retinas inteiras de camundongos removidos duas semanas depois de dar a eles um reforço de protrudina, para ver se esse tratamento poderia evitar que as células nervosas morressem.
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Os pesquisadores descobriram, três dias depois, que estimular a produção de protrudina foi quase “totalmente neuroprotetor, com essas retinas não exibindo nenhuma perda de neurônios [retinais]”.
É importante notar que estamos muito longe de restaurar a visão em uma pessoa: regenerar células em é ótimo, mas não sabemos com base nesses experimentos se dar a um camundongo mais protrudina restauraria sua visão.
Uma das próximas etapas será verificar se a protrudina tem o mesmo efeito protetor em células retinais humanas em cultura.
Traduzido e adaptado por equipe Saibamais
Fonte: ScienceAlert