O recém-nomeado primeiro-ministro do Japão chega aos holofotes da ONU

Considerado um peso leve em questões de política externa, o novo primeiro-ministro do Japão passou grande parte de sua carreira nas sombras, apoiando o líder anterior Shinzo Abe com manobras burocráticas de bastidores e em negociações amplamente planejadas, às vezes espinhosas, com a mídia.

Isso mudará na manhã de sábado (tarde de sexta-feira nas Nações Unidas), quando Yoshihide Suga fizer sua estreia pública, embora virtualmente e em um vídeo pré-gravado, na Assembleia Geral da ONU, o maior encontro internacional de líderes do mundo.

Não espere que a terra estremeça, porém, com retórica retumbante ou ideias altamente inovadoras para melhorar os laços rochosos do Japão com as nações que aterrorizou na Segunda Guerra Mundial ou seu mal-estar econômico de décadas.

A abordagem cautelosa de Suga se deve em grande parte à sua falta de experiência no cenário mundial, em parte porque seu trabalho como secretário-chefe de gabinete exigia que ele administrasse desastres e outras crises.

Por causa das restrições de viagens e do contato face a face causadas pela pandemia do coronavírus, Suga também não será capaz de buscar a diplomacia pessoal que Abe favorecia e “vai se atrapalhar em vez de abrir novos caminhos“, disse Kingston.

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Suga afirma que esteve envolvido nos bastidores em grandes questões de política externa e na construção de relacionamentos com líderes estrangeiros.

Assim como Abe fez, Suga vai enfatizar os laços com os Estados Unidos, o principal aliado do Japão.

Em comentários recentes publicados na revista Bungei Shunju, Suga disse que foi ele quem insistiu em estabelecer laços com o lado de Trump quando ninguém esperava seriamente uma vitória de Trump.

O Coronavírus também será uma grande preocupação.

O Japão, com pouco mais de 80.000 casos e 1.500 mortes, conseguiu até agora evitar a propagação explosiva de infecções observada nos Estados Unidos e na Europa, apesar de seus pedidos de desligamento não vinculativos.

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Especialistas dizem que o uso amplamente aceito de máscaras faciais e a lavagem e desinfecção regulares das mãos podem ter ajudado, embora haja preocupação com outra onda de doenças neste outono e inverno.

O governo está relaxando ainda mais as restrições ao turismo e eventos públicos para tentar estimular a recuperação econômica.

Traduzido e adaptado por equipe Saibamais

Fonte: APNews