Desde o momento em que nascemos, nosso corpo desenvolve uma delicada camada protetora feita inteiramente de micróbios.
Saber quais bactérias, vírus e leveduras manter e quais rejeitar é um processo complexo que pode fazer a diferença entre um sistema imunológico saudável e alergias permanentes e distúrbios autoimunes.
Não é totalmente claro como gerenciamos esse sistema. Da melhor maneira que os cientistas podem descobrir, os mecanismos que protegem nossos corpos do corpo de nossa mãe continuam a desempenhar um papel nas relações diplomáticas com os micróbios em nossas primeiras semanas fora do útero.
Pesquisas, estudos e considerações
Um estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, forneceu novos insights sobre o processo, descobrindo que o leite materno promove o crescimento de importantes células imunológicas que ajudam a controlar a inflamação.
O estudo avaliou as funções imunológicas de 38 recém-nascidos a termo, todos nascidos por cesariana. Os bebês foram diferenciados pelo fato de terem sido amamentados, alimentados com fórmula ou receberam uma mistura de ambos, e as amostras de sangue e fezes foram coletadas no nascimento e novamente três semanas depois.
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A diferença entre as células T reguladoras dos dois grupos – um tipo de glóbulo branco que ajuda a controlar as respostas imunológicas – foi profunda, com aqueles que foram amamentados exclusivamente vendo o número de células dobrar em três semanas, em comparação com aqueles que foram alimentados exclusivamente com fórmula.
As próprias células T também mostraram maior expressão de um marcador de superfície ligado ao aumento da atividade supressora. Sua atividade também parecia especialmente voltada para atuar especificamente contra o corpo da mãe.
Benefícios do leite materno
O leite materno fornece aos bebês uma variedade de antimicrobianos e nutrientes em doses oportunas que fornecem a um sistema imunológico emergente tudo de que ele precisa para combater infecções.
Mas o próprio processo de amamentação está longe de ser estéril, transferindo não apenas a microflora da pele da mãe, mas muitas de suas próprias células. Naquelas primeiras semanas precárias, a enxurrada de material estranho poderia facilmente sobrecarregar o sistema imunológico ingênuo de uma criança.
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Aumentar as células T regulatórias para proteger contra as células perdidas da mãe pode ser a coisa certa para manter os bebês saudáveis.
Exatamente por que o leite tem esse efeito não está totalmente claro. Um estudo recente em ratos indica que um ciclo de feedback está em ação, com uma colaboração bioquímica entre mãe e filho ajustando o processo.
Ainda assim, os mecanismos exatos precisarão ser separados em pesquisas futuras.
A replicação dos benefícios inerentes da amamentação, se isso for realmente possível, depende em grande parte de estudos como esses, que percorrem um longo caminho para explorar de onde esses benefícios poderiam vir.
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Mas não há dúvida de que, em uma comparação direta dos métodos de alimentação infantil, o leite materno direto do peito continua a dar aos recém-nascidos todas as vantagens, com um custo mínimo para o meio ambiente.
Traduzido e adaptado por equipe Saibamais
Fonte: ScienceAlert e Backer Chiro Pratic
