O primeiro-ministro da Polônia apelou na quinta-feira para uma suspensão, em meio a um grande aumento nas infecções por coronavírus no país, a uma semana de protestos furiosos contra uma decisão de um tribunal superior que aperta as já rígidas leis de aborto.
Mateusz Morawiecki disse que a disputa deve ser resolvida através do diálogo, em vez de repetidas reuniões de rua em massa que são proibidas sob as restrições da pandemia.
Na quinta-feira, a Polônia atingiu um novo recorde de infecções diárias que ultrapassou 20.100 na nação de 38 milhões.
Mas ativistas dos direitos das mulheres confirmaram os planos para uma grande marcha em Varsóvia na sexta-feira à noite, e mais ações e bloqueios de cidades na próxima semana.
Fique por dentro: Poloneses aderem à greve nacional em protesto contra a decisão do aborto
Grandes multidões protestaram diariamente na semana passada em todo o país predominantemente católico, depois que um tribunal de alto escalão decidiu que o aborto de fetos com defeitos congênitos é inconstitucional.
A polícia estima que cerca de 430.000 pessoas participaram das manifestações apenas na quarta-feira.
No início da quinta-feira, o presidente da Polônia, Andrzej Duda, rompeu parcialmente com a liderança conservadora de seu país, que pressionou por novas restrições ao aborto, e disse que acha que as mulheres deveriam ter o direito de abortar fetos com defeitos mortais.
Traduzido e adaptado por equipe Saibamais
Fonte: APNews