Os EUA emitiram na terça-feira uma nova advertência abrangente contra viagens para a China continental e Hong Kong, citando o risco de “detenção arbitrária” e “aplicação arbitrária de leis locais”.
A recomendação provavelmente aumentará as tensões entre os lados que aumentaram desde a imposição de Pequim a Hong Kong de uma nova lei de segurança nacional estrita em junho, que já foi recebida com uma série de ações punitivas dos EUA.
A declaração alertou os cidadãos americanos de que a China impõe “detenções arbitrárias e proibições de saída” para obrigar a cooperação com as investigações, pressionar os familiares a retornarem à China do exterior, influenciar disputas civis e “ganhar poder de barganha sobre governos estrangeiros“.
Quando em Hong Kong, os cidadãos norte americanos são “fortemente advertidos para estarem cientes de seus arredores e evitar manifestações”, disse o consultor.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse a repórteres em uma coletiva diária na terça-feira que os Estados Unidos deveriam “respeitar plenamente os fatos e não se envolver em manipulação política injustificada” ao emitir tais avisos.
O último comunicado de viagens não oferecia novos avisos sobre COVID-19 na China continental e em Hong Kong, mas referia os viajantes a avisos anteriores aconselhando os americanos a evitar as regiões e voltar para casa, se possível.
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O presidente Donald Trump atribuiu toda a culpa a Pequim pelo surto do coronavírus nos Estados Unidos, desviando as críticas de seu próprio tratamento da pandemia que ameaça sua reeleição.
O vírus foi detectado pela primeira vez na cidade de Wuhan, no centro da China, no final do ano passado, levando à pandemia global.
Os críticos acusaram Pequim de uma tentativa inicial de encobrimento, embora o próprio Trump tenha admitido ter minimizado a gravidade do vírus já em fevereiro.
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A China parece ter contido o vírus dentro de suas fronteiras, sem relatar novos casos de infecção doméstica em um mês, enquanto Hong Kong também reduziu radicalmente o número de novos casos.
Traduzido e adaptado por equipe Saibamais
Fonte: APNews