É uma perspectiva tentadora pensar que a imunidade coletiva poderia acabar com a pandemia do coronavírus. Se a verdadeira imunidade coletiva fosse alcançada, o coronavírus não se espalharia mais e poderíamos voltar à vida normal como a conhecíamos antes.
Mas a imunidade coletiva é difícil de ser aplicada. Isso só pode ser alcançado de duas maneiras: deixando muitas pessoas doentes ou dando a muitas pessoas uma vacina eficaz e segura.
O objetivo é o mesmo: conseguir que uma grande maioria da população resista à infecção, para que uma doença não possa mais se espalhar entre o nosso ‘rebanho’ coletivo.
O consenso entre os epidemiologistas é que almejar a imunidade coletiva sem uma vacina não funcionaria. Corre o risco de muitas mortes desnecessárias.
Seria difícil encontrar um especialista sério em saúde pública que acreditasse que a imunidade natural do rebanho funcionaria.
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Líderes suecos recentemente voltaram atrás em sua tentativa única de imunidade coletiva contra o vírus porque ele matou muitas pessoas em suas casas de repouso.
O problema é que essas ideias já estão sendo experimentadas nos Estados Unidos, com sucesso apenas parcial.
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Para melhor entendermos a situação, aqui vão seis razões do por quê a imunidade coletiva sem uma vacina é uma ideia assustadora:
- Ninguém acha que é uma boa ideia infectar todos.
. - COVID-19 tem muitos efeitos colaterais de longo prazo que afetarão vidas e o sistema de saúde nos próximos anos.
. - Na verdade não sabemos quem COVID-19 mata e por quê.
. - Lockdowns salvam vidas.
. - livrar-se do vírus é possível e não requer a morte de pessoas.
. - A imunidade natural do rebanho provavelmente não funcionará para esta pandemia, não importa o quanto tentemos.
Os bloqueios, embora sejam uma medida extrema de combate a doenças, salvaram dezenas de milhares de vidas em todo o mundo, em quase todos os continentes, então enquanto não temos uma vacina, a ideia de quarentena é uma boa opção.
É verdade que houve consequências adversas. Muitas pessoas perderam seus empregos, fecharam seus negócios, faltaram às consultas médicas, sentiram mais solidão e começaram a beber mais álcool, todavia permaneceram vivas.
Mas COVID-19 não apenas mata pessoas. Também tem efeitos devastadores a longo prazo em muitos de seus sobreviventes, incluindo névoa cerebral debilitante, perda de cabelo, dedos inchados e erupções cutâneas escamosas, zumbido e perda do olfato.
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Uma projeção sugere que a tentativa de imunidade coletiva nos EUA resultaria em 640.000 mortes em fevereiro de 2023. Por esse motivo é importante buscar e pensar diversos meios que possam ser mais eficazes para a humanidade poder sair dessa situação da melhor maneira possível.
Traduzido e adaptado por equipe Saibamais
Fonte: ScienceAlert