Enquanto o mundo espera com a maior paciência possível que uma vacina COVID-19 se materialize, não faltam perguntas. Quando teremos uma vacina? Como será distribuído? Será tão eficaz quanto esperamos?
Em meio a essas incógnitas urgentes, há outra pergunta importante que precisamos fazer. Quantas pessoas escolherão receber vacinas contra o coronavírus quando estiverem disponíveis? A resposta pode surpreender você.
Diante de um vírus tão mortal – uma pandemia sem precedentes na memória viva – seria fácil supor que os perigos claros e avassaladores do COVID-19 anulariam a relutância ou recusa das pessoas em se vacinar. Tal suposição estaria errada, no entanto.
O fenômeno antivacinação – chamado hesitação vacinal – é oficialmente considerado uma das mais terríveis ameaças à saúde global (e isso acontecia em um mundo pré-pandêmico).
Hoje, os riscos que vêm com a hesitação da vacina apresentam um problema ainda mais sério, e um novo estudo destaca a extensão do problema que enfrentamos.
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Em uma pesquisa global conduzida em junho envolvendo mais de 13.000 pessoas de 19 países, a maioria das pessoas indicou que seria muito ou pouco provável tomar uma vacina COVID-19 comprovadamente segura e eficaz. Essa é a boa notícia.
A má notícia é que a maioria das pessoas somava apenas 71,5% dos participantes da pesquisa. Em outras palavras, quase três em cada dez pessoas disseram que não tomariam a vacina (indicando recusa) ou eram neutras (indicando hesitação).
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Ainda mais preocupante é que os 19 países pesquisados pelos pesquisadores foram escolhidos por estarem entre as nações mais atingidas no momento da pesquisa em termos de números relatados de casos COVID-19.
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Contra o pano de fundo de toda essa hesitação, dúvida e confusão, os casos COVID-19 em todo o mundo ainda estão aumentando e os riscos são maiores do que nunca.
Traduzido e adaptado por equipe Saibamais
Fonte: ScienceAlert