Exames de buracos negros “primordiais” podem preencher nosso universo

O universo pode estar cheio de pequenos buracos negros antigos. E os pesquisadores podem provar isso.

Esses miniburacos negros do início dos tempos, ou buracos negros primordiais (PBHs), foram concebidos pela primeira vez há décadas. Os pesquisadores os propuseram como uma explicação para a matéria escura, uma substância invisível que exerce uma atração gravitacional em todo o espaço.

A maioria das explicações para a matéria escura envolve partículas hipotéticas com propriedades especiais que as ajudam a evitar a detecção. Mas alguns pesquisadores acreditam que enxames de pequenos buracos negros se movendo como nuvens no espaço oferecem uma explicação mais clara.

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Agora, um novo estudo explica de onde esses PBHs podem ter vindo e como os astrônomos podem detectar os tremores secundários de seu nascimento.

De onde vieram os pequenos buracos negros?

Um buraco negro é uma singularidade, um ponto infinitamente denso no espaço repleto de matéria. Ele se forma quando a matéria fica tão compactada que a força da gravidade sobrepuja todo o resto, e a matéria entra em colapso.

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Ele distorce o espaço-tempo e se cerca por um “horizonte de eventos”, uma região limítrofe esférica além da qual nenhuma luz pode escapar.

As leis da relatividade geral permitem que os buracos negros existam em qualquer escala; esmague uma formiga com força suficiente e ela entrará em colapso em um buraco negro como uma estrela; será incrivelmente minúsculo.

Como encontrar os pequenos buracos negros

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A maneira mais fácil de provar que essa teoria está correta é procurar por “ondas gravitacionais secundárias” (SGWs) ecoando pelo universo, escreveram os pesquisadores.

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Essas ondas, muito mais fracas do que as ondas gravitacionais produzidas pela colisão de buracos negros, iriam ressoar das mesmas perturbações que formaram os PBHs. Eles seriam vibrações sutis no universo, inaudíveis para os detectores atuais. Mas dois métodos futuros podem ser capazes de encontrá-los.

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Uma abordagem: matrizes de temporização de pulsar. O espaço está cheio de estrelas de nêutrons giratórias, conhecidas como pulsares, que enviam flashes de energia para a Terra à medida que giram.

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Os pulsares são como relógios precisos e previsíveis no céu, mas seus sinais podem ser distorcidos por ondas gravitacionais.

Uma onda gravitacional secundária passando entre a Terra e um pulsar distorceria o espaço-tempo, fazendo com que o tique-taque do pulsar chegasse um pouco mais cedo ou mais tarde de uma forma que uma matriz de tempo do pulsar poderia detectar.

Traduzido e adaptado por equipe Saibamais

Fonte:Space