Coronavírus: China expulsa jornalistas do Wall Street Journal por artigo considerado racista

Governo chinês expediu ordem para que três jornalistas estrangeiros do Wall Street Journal deixassem o país por causa de um artigo com discurso “racista”.

O artigo publicado em 3 de fevereiro criticou a resposta do país ao surto mortal do vírus.

O Ministério das Relações Exteriores da China disse que pediu desculpas ao jornal várias vezes, mas todos foram recusados.

O jornal disse que os jornalistas – que não escreveram o artigo – teriam recebido cinco dias para deixarem o país asiático.

A decisão da China veio um dia depois que o Departamento de Estado dos Estados Unidos reforçou as regras sobre as organizações de mídia estatais chinesas que operam no país americano, classificando-as como missões estrangeiras.

A empresa disse à cinco agências, incluindo a agência de notícias estatal Xinhua e a China Global Television Network que eles tinham que enviar listas de todos os funcionários, mesmo que não houvesse restrições em suas reportagens.

O artigo do WSJ chamou a resposta inicial das autoridades de “dissimulada e egoísta” e disse que a confiança global na China havia sido “abalada”.

“O povo chinês não gosta de mídia que publica declarações racistas e ataca maliciosamente a China”, disse o repórter Chao Geng, sem citar os jornalistas que foram convidados a se retirar.

O Clube da China para Correspondentes Estrangeiros considerou a decisão “uma tentativa óbvia e extrema das que as autoridades chinesas encontraram para intimidar as organizações de notícias estrangeiras”.

Fonte: BBC

Traduzido e adaptado por equipe Saibamais.