A superfície de Marte, por cada medição que fizemos, é atualmente um deserto inóspito. Apenas os redemoinhos vagam por sua superfície árida; a única água é gelo permanente.
No entanto, as evidências de que a água antes fluía e se acumulava na superfície do planeta continuam aumentando.
A presença dessa água líquida significa que Marte poderia ter sustentado a vida como a conhecemos… mas uma questão candente permanece: como diabos Marte era quente o suficiente para isso, nos primeiros dias do Sistema Solar, quando o jovem Sol era mais frio e mais fraco?
Uma nova pesquisa encontrou uma resposta: o calor geotérmico poderia ter subido das profundezas do planeta – nesse caso, o melhor lugar para a vida prosperar seria no subsolo.
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O fraco paradoxo do Sol jovem é a contradição entre a presença de água líquida no início do Sistema Solar e a fraqueza do Sol. De acordo com nosso entendimento da evolução estelar, cerca de um bilhão de anos após sua formação, 4,6 bilhões de anos atrás, o calor e a luz do Sol teriam sido apenas cerca de 70% de sua produção atual.
Como Marte é hoje em dia?
Ainda hoje, Marte é um lugar frio. É 1,5 vez a distância da Terra ao Sol e recebe apenas cerca de 43% do fluxo solar que a Terra recebe. Sua temperatura média é, portanto, muito mais baixa do que a da Terra – -63 graus Celsius (-81 graus Fahrenheit).
Claro, isso é apenas a média; a temperatura sobe acima do ponto de derretimento da água, para cerca de 30 graus Celsius (embora, como a pressão atmosférica em Marte é atualmente tão baixa, o gelo sublime em vez de derreter).
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Durante o período de Noé em Marte, entre cerca de 4,1 e 3,7 bilhões de anos atrás, acredita- se que a água era abundante na superfície do planeta – mas os modelos climáticos lutam para atingir temperaturas acima de -0,15 graus Celsius.
A possibilidade de o planeta se aquecer por dentro, mantendo a água subterrânea líquida por longo prazo, não é uma noção nova. Minerais hidrotérmicos escavados no subsolo profundo de impactos comentários, argilas da era Noé e evidências de diagênese de águas subterrâneas em vários locais suportam modelos de aquecimento interno.
Marte e a Terra
Aqui na Terra, vemos os efeitos do aquecimento geotérmico sob as camadas de gelo em altas latitudes.
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A decadência radioativa de elementos como urânio, potássio e tório na crosta do planeta gera calor que se propaga para a superfície; não muito, mas quando há uma espessa camada de gelo impedindo que o calor escape, calor suficiente pode ser retido para derreter parte desse gelo, criando lagos subglaciais.
Traduzido e adaptado por equipe Saibamais
Fonte: ScienceAlert