Uma nova pesquisa do céu em raios-X revelou uma estrutura anteriormente oculta na galáxia da Via Láctea. Bolhas gigantes de radiação X do centro da galáxia foram encontradas estendendo-se por grandes distâncias acima e abaixo do plano galáctico.
Eles são tão grandes que engolfam as já conhecidas bolhas Fermi de radiação gama – mas, de acordo com uma equipe de astrofísicos liderados por Peter Predehl do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre na Alemanha, é provável que os dois fenômenos estejam de alguma forma ligados.
O halo da Via Láctea acima e abaixo do plano galáctico é um excelente lugar para procurar evidências de travessuras passadas do centro galáctico.
Comparado ao disco da Via Láctea, ele é relativamente vazio de material, então qualquer atividade energética do centro galáctico pode ser detectada como choques e estruturas ejetadas no meio interestelar.
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É assim que os astrônomos interpretam as bolhas de Fermi. Descobertas pelo telescópio Fermi de raios gama em 2010, essas estruturas são preenchidas com gás quente e campos magnéticos que emitem radiação gama, expandindo-se a partir do centro galáctico. Eles se estendem por nove quiloparsecs (29.354 anos-luz) em cada direção, para um tamanho total de 18 quiloparsecs.
Acredita-se que essas bolhas sejam evidências de atividades anteriores da região, embora ainda não saibamos o que pode ser essa atividade.
As opções incluem atividade de explosão estelar, com um tremendo número de estrelas nascendo, ou uma explosão para o buraco negro supermassivo atualmente quiescente no centro da galáxia, quando ele era um pouco mais ativo. Esta nova descoberta pode fornecer um contexto que ajuda os cientistas a interpretar o mistério das bolhas de Fermi.
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Observar mais de perto as estruturas gigantescas – não apenas em raios X, mas também com outros instrumentos – pode nos ajudar a encontrar respostas para essas questões pendentes. E, como as observações científicas costumam fazer, espero que nos levem a outras ainda mais profundas.
Traduzido e adaptado por equipe Saibamais
Fonte: ScienceAlert